Á Historia de Chico Antônio
Fonte: www.clednews.com
Francisco Antônio Moreira, Chico Antônio, nasceu no povoado de Cuité, no município de Pedro Velho, no dia 20 de setembro de 1904. Desde criança mostrou inclinação para a música, para o canto, particularmente para os cocos-de-embolada, gênero musical muito em voga no Nordeste brasileiro de então.
Seu pai, homem prático, agricultor honesto e trabalhador, em cuja família não havia precedentes de manifestações artísticas, procurou desde cedo encaminhar o filho para a escola, a fim de assegurar-lhe um futuro melhor. Estudar não era a sua vocação, o seu desejo era “cantar cocos”.
Seu pai, homem prático, agricultor honesto e trabalhador, em cuja família não havia precedentes de manifestações artísticas, procurou desde cedo encaminhar o filho para a escola, a fim de assegurar-lhe um futuro melhor. Estudar não era a sua vocação, o seu desejo era “cantar cocos”.
Trabalhando na enxada, no sítio do pai, o menino Chico Antônio não perdia a oportunidade de ver as grandes pelejas entre os famosos emboladores de coco que, na época do verão, excursionavam por todo o Estado. Sonhava com o dia em que pudesse, também ele próprio, participar daqueles desafios.
Chico Antônio e Dona Amélia, sua mulher há mais de 50 anos, que já o conheceu coqueiro: “Eu me engracei dela e ela de mim, era hora, digo: Num tem jeito! Fui, comprei uma casa, tinha dois cavalo junto; assim eu casei”.
Quando jovem, Chico desafiou muitos coqueiros e tornou-se célebre animando as festas do sertão.
A encantadora obra
“O coco eu não aprendi a cantá com ninguém, fui aprendendo mais fui puxando na cabeça, do juízo”
Chico Antônio
Suas obras:
“Boi Tungão”, “Coco de Usina”, “Adeus Luquinha”, “Balão, mané mirá”, “A pisada é essa (esse é bom pueta)”, “Amador Maria”, “Eu vou, você num vai”, “Jurupanã”, “Dois tatú”, “Eh tum”, “Ôh mana, deixa eu ir”, “Pr’onde vais, mulé?”, “Iaiá, dá no boi”, “Êh boi!”, “Engenho novo”, “Justino Grande” e outros.
A encantadora obra
“O coco eu não aprendi a cantá com ninguém, fui aprendendo mais fui puxando na cabeça, do juízo”
Chico Antônio
Suas obras:
“Boi Tungão”, “Coco de Usina”, “Adeus Luquinha”, “Balão, mané mirá”, “A pisada é essa (esse é bom pueta)”, “Amador Maria”, “Eu vou, você num vai”, “Jurupanã”, “Dois tatú”, “Eh tum”, “Ôh mana, deixa eu ir”, “Pr’onde vais, mulé?”, “Iaiá, dá no boi”, “Êh boi!”, “Engenho novo”, “Justino Grande” e outros.
A OBRA MAIS FAMOSA: O “BOI TUNGÃO”
É o coco mais famoso, nele Chico Antônio descreve o inferno e vê o maiorá (maioral, diabo). É uma passagem pelo inferno, mas que parece um sonho.
É o coco mais famoso, nele Chico Antônio descreve o inferno e vê o maiorá (maioral, diabo). É uma passagem pelo inferno, mas que parece um sonho.
Coco do Boi Tungão (trechos)
Estribilho:
Ai, li-li-ô, Boi Tungão
boi do maiorá
Bunito não era o boi
Como era o aboiá
Eu chamava e ele vinha
pra purteira do currá
Trechos do “Boi Tungão”
boi do maiorá
Bunito não era o boi
Como era o aboiá
Eu chamava e ele vinha
pra purteira do currá
Trechos do “Boi Tungão”
Eu ´stava lá em casa
deitado no quente
eu tava bebo de aguardente
quando eu vi chamar
Saí pra fora,
meu amigo e camarada,
era uma nega marvada,
que veio me buscá.
deitado no quente
eu tava bebo de aguardente
quando eu vi chamar
Saí pra fora,
meu amigo e camarada,
era uma nega marvada,
que veio me buscá.
Adonde tinha a nega
a nega Marçalina
Também tinha a Bernardina
E: “Chico Antônio, vá”.
Estribilho
a nega Marçalina
Também tinha a Bernardina
E: “Chico Antônio, vá”.
Estribilho
Entrei pra dentro,
sem pensar em nada
à meia-noite, meu estado
vou lhe avisar
eu fui ao torno,
peguei o mineiro
saí quase na carreira,
balançando o meu ganzá.
sem pensar em nada
à meia-noite, meu estado
vou lhe avisar
eu fui ao torno,
peguei o mineiro
saí quase na carreira,
balançando o meu ganzá.
Aonde veio
uma nega menina
“hum, hum, hum” no meu ouvido
pegou cochichar.
Estribilho.
uma nega menina
“hum, hum, hum” no meu ouvido
pegou cochichar.
Estribilho.
Esta música foi trilha sonora do filme: "O homem que desafiou o diabo" com Marcos Palmeira e gravado no Rio Grande do Norte. Sucesso nacional.