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19/07/2011

A Chegança Cultura popular de Canguaretama/RN

Chegança
O auto da Chegança é muito semelhante com o Fandango pela indumentária dos participantes (oficiais e marujos portugueses), deste se destingue,pelo seu núcleo dramático,um combate naval travado entre cristãos e mouros,inspirado nas lutas pela Restauração da Península Ibérica,no qual intervêm figurantes caracterizados de mouros.O número de participantes é maior que no Fandango e as jornadas,num total de vinte e quatro,demandam um período longo,de seis,sete horas,para serem cantadas.O elemento cômico do espetáculo está representado nas pessoas do Ração (cozinheiro) e do Vassoura (faxineiro).O acompanhamento musical restringe-se a instrumentos de percussão,tambor e caixa, enquanto no Fandango,registra-se a presença de instrumentos de corda,violão,rebeca, banjo A Chegança "natalense" de Geraldo Guilherme em Natal é uma das mais importantes.A chegança a é representada como cenas marítimas,culminando pela abordagem dos mouros,que são vencidos e batizados,Os episódios mais curiosos são a descoberta do contrabando dos guardas-marinha,as lutas e brigas entre oficinas,a tempestade,as canções líricas etc.No Estado da Paraíba,a chegança é conhecida como:barca.
A chegança no Rio Grande do Norte teve sua primeira apresentação em 18 de dezembro de 1926,no teatro Alberto Maranhão,mas não tem a tradição do fandango e do bumba-meu-boi.Na Barra do Cunhaú a Chegança é brincada com uma Barca de barro fixa no chão.Os marujos saiam com um pequeno barco na mão,cantado pelas ruas,avisando do início da festa.Segundo informações de Severino Mendes,conhecido como“Seu Batata”,que foi o Ração da Chegança,foi seu irmão quem trouxe a dança de Pernambuco.Luís Mendes foi o primeiro mestre da Chegança,por volta de 1915.Desta forma teria sido a primeira no Rio Grande do Norte.