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13/10/2010

A CORUJA DA IGREJA MATRIZ DE CANGUARETAMA,RN





A Coruja da Igreja Matriz

Entre as lendas que envolve a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição está a 
da coruja que rasgava o céu noturno às vistas de todos e se encantava durante o 
dia dentro da igreja. Também conhecida como “rasga mortalha”, a coruja reaparece 
e desaparece aleatoriamente e muitos acham que seu canto é de mau agouro, sendo 
sinal de morte. O próprio apelido que tem expressa bem o temor popular dos que 
escutam: o som do seu canto seria uma onomatopéia da tesoura ao cortar o tecido 
fúnebre que serviria de mortalha.

ALENDA DA BALEIA



A Lenda da Baleia
Dizem os mais velhos que debaixo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no 
centro de Canguaretama RN, existiria uma baleia encantada. Esta baleia 
protegeria a imagem de Nossa Senhora da Conceição contra possíveis roubos, pois 
retornaria do seu sono no dia em que alguém tentasse levar a imagem para 
qualquer outro lugar.


Ao acordar, a baleia provocaria um imenso jorro de água que inundaria todo o 
vale em que se encontra a cidade de Canguaretama. A baleia protetora então 
trataria de abocanhar o ímpio em seu ato ilícito. De tão imensa que seria, não 
teria chance quem tentasse escapar de tal ousadia.


Alguns menos céticos afirmam que os transportes pesados ao passarem pelas ruas 
do centro da cidade machucam a baleia, que incomodada se mexe e seus movimentos 
fazem a terra tremer. Até o próprio patamar da igreja é mostrado como prova, 
pois continua rachado mesmo com todos reparos que são feitos periodicamente.


Se mesmo assim ainda ocorra de alguém não acreditar, só resta uma alternativa: o 
incrédulo deve entra sozinho na Igreja Matriz numa noite silenciosa e por o 
ouvido no Altar Mor para escutar o coração pulsante da baleia. Há quem diga que 
possa escutá-la a qualquer hora do dia, bastando encostar a orelha no patamar da 
igreja.


Dizem os mais velhos que debaixo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no 
centro de Canguaretama RN, existiria uma baleia encantada. Esta baleia 
protegeria a imagem de Nossa Senhora da Conceição contra possíveis roubos, pois 
retornaria do seu sono no dia em que alguém tentasse levar a imagem para 
qualquer outro lugar.


Ao acordar, a baleia provocaria um imenso jorro de água que inundaria todo o 
vale em que se encontra a cidade de Canguaretama. A baleia protetora então 
trataria de abocanhar o ímpio em seu ato ilícito. De tão imensa que seria, não 
teria chance quem tentasse escapar de tal ousadia.


Alguns menos céticos afirmam que os transportes pesados ao passarem pelas ruas 
do centro da cidade machucam a baleia, que incomodada se mexe e seus movimentos 
fazem a terra tremer. Até o próprio patamar da igreja é mostrado como prova, 
pois continua rachado mesmo com todos reparos que são feitos periodicamente.


Se mesmo assim ainda ocorra de alguém não acreditar, só resta uma alternativa: o 
incrédulo deve entra sozinho na Igreja Matriz numa noite silenciosa e por o 
ouvido no Altar Mor para escutar o coração pulsante da baleia. Há quem diga que 
possa escutá-la a qualquer hora do dia, bastando encostar a orelha no patamar da 
igreja.

ALENDA DOS CARANGUEJOS



 OS Caranguejos


É muito curioso o que se diz do caranguejo pela expressão de algumas locuções 
populares: "Perdeu a cabeça por causa de camaradas; não morre enforcado, porque 
não tem pescoço; e por morrer um caranguejo não se cobre o mangue de luto"; e o 
povo diz ainda que "o caranguejo só é gordo nos meses que não têm R: maio, 
junho, julho e agosto". Essas informações são dadas incompletas pelos 
pescadores, dizendo sempre ter ouvido, quando meninos, muitas estórias de 
caranguejos esquecidas depois. Alguns pescadores dos mangues contam lendas e 
superstições sobre os crustáceos.

Uma das lendas diz que os caranguejos são governados por uma espécie de rei, um 
caranguejo cujo casco mede uns vinte centímetros e tem patas enormes. Chamam-no 
de garrancho. É um crustáceo esverdeado, misterioso, dificilmente visto. Vive no 
fundo da lama, num buraco muito profundo, com a entrada escondida. Nenhum 
pescador de mangue o vê duas vezes na vida. O garrancho só deixa o buraco para 
sair uma vez por ano, à meia-noite da Sexta-Feira da Paixão. Anda até o primeiro 
cantar do galo. Volta, mete-se em casa e não há mais quem o enxergue. Quem 
conseguir arrancar ao menos uma pata ao garrancho está com a vida garantida, 
porque nunca mais lhe faltará caranguejo, siri ou goiamum. Basta trazer a pata 
do garrancho no bolso e riscar com ela na lama do mangue.

Havia um pescador que dizia que era mentira quando se afirmava ter visto o 
garrancho ou conseguido uma patinha para dar sorte. Ele havia prendido um, 
enorme na gamboa da Garatuba Grande, amarrara-o com uma embira num galho de 
mangue e ao voltar encontrara o cipó intacto, com o mesmo nó e do garrancho nem 
rasto. Este é o crustáceo que tem a figura de uma moça encantada no casco, muito 
mais nítida e perfeita que seus vassalos. E tem também a cruz, bem clara. Por 
isso sai no dia em que a cruz se ergueu com o Salvador. Essa tradição do 
caranguejo com uma cruz, tem registo velho e área geográfica de crendice bem 
longe dos mangues do Rio Grande do Norte. São Francisco Xavier atirou ao mar, 
perto das Molucas, na Oceania, seu crucifixo para acalmar uma tempestade. Um 
caranguejo susteve o crucifixo no casco e entregou a relíquia ao santo, quando 
este desceu na primeira praia. Como lembrança ficou uma cicatriz cruciforme no 
casco.

No dia do Domingo de Ramos, na Semana Santa, há uma Procissão de Caranguejos. 
Dizem que os caranguejos faziam, igualmente, sua procissão de Ramos. À noite 
desse domingo, saíam de patas erguidas, sustendo raminhos de mangue.

A LENDA DA RESSUSCITADA



A Lenda da Ressuscitada
1858 foi o ano em que o Capitão Anacleto José de Matos casou-se pela segunda vez 
com D. Maria Umbelina de Albuquerque Maranhão, filha do comendador Antônio de 
Albuquerque Maranhão e sua esposa, Dona Joana de Albuquerque Maranhão, 
pertencentes à família do Cunhaú. O acontecimento deu-se em Vila Flor, onde o 
Capitão Anacleto era homem querido e de influência política.


A esposa faleceu pouco tempo depois, em conseqüência do seu primeiro parto, 
deixando um filho varão. Seu sepultamento, na capela do Engenho Cunhaú, foi 
muito concorrido devido a influência das famílias Matos e Maranhão, e ainda mais 
pela presença do frei Serafim de Catânia, que por essa época andava pela região 
de Vila Flor e convidou o povo para participar do triste ato. Dizem que o 
cadáver já cheirava mal, mas ninguém reclamou diante da pregação do frei. Na 
missa de trigésimo dia, com trechos fúnebres executados pela Banda de Música de 
São José de Mipibú, que novamente acompanhou a celebração do frei Serafim de 
Catânia, não foi diferente. Era um tempo de grande efervescência política 
resultante da mudança da sede da freguesia e da Vila Flor para o “Saco do Uruá”, 
criando recentimentos entre os políticos da região. Nem todos se conformavam com 
o centro administrativo em Canguaretama.


Quatro anos mais tarde, em 1862, surgiram tremendas suspeitas acerca da morte de 
Dona Maria Umbelina. Sob a alegação de ter sido ela envenenada por seu próprio 
marido, depois de ser atendida por um médico, contou minúcias de sua triste 
vida. O médico surpreendeu-se com o que viu, pois ele mesmo havia participado da 
missa de corpo presente no Cunhaú e ficou espantado com a semelhança. Teria Dona 
Maria Umbelina casado por uma imposição dos pais, pois seu predileto seria um 
certo português, que por ali trabalhava. Depois de casada tivera encontros 
secretos com o português, num dos quais foi surpreendida pelo próprio Capitão 
Anacleto. O fato fez a família se reunir e discutir sobre o assunto e evitar 
problemas, já que não era aceitável naquele clã uma atitude como essa, que feria 
os brios e maculava o sobrenome. O “veretictum” foi a eliminação da ré para 
evitar o escândalo.


Recolhida em um quarto e incomunicável, Dona Maria Umbelina ficou sob a 
vigilância constante de um escravo de confiança. Depois do parto seria obrigada 
a beber veneno, mas uma escrava amiga da sinhazinha rompeu o cerco e levou 
notícias suas até seu amante. Com um plano infalível, o português conseguiu 
interceptar o portador do veneno e trocá-lo por um forte narcótico. Avisada da 
troca em tempo, a sinhazinha tomou o líquido sem maiores problemas, caindo em 
sono profundo. Sua fuga se deu na calada da noite, quando foi retirada do caixão 
e levada em possantes cavalos até o rio Piquiri, onde acordou nos braços do 
amante. De lá foi transportada em canoa puxadas a quatro remos pelo rio Pituaçu 
até o Meral. Na barraca do mestre Pantalião teria esperado um transporte que os 
levou pela Barra de Cunhaú até a Baia da Traição. De lá passaram para uma 
barcaça e rumaram para o Ceará, longe da influência da poderosa família 
Maranhão.


Enviuvando, no Ceará, caiu em desgraça completa. Não podendo voltar mais para 
casa, resolveu juntar-se a outro homem. Agora não era mais o elegante português 
de trato fino e delicado, mas um soldado da polícia cearense, tão rude quanto o 
Capitão Anacleto. Desse modo continuou morando em Fortaleza, levando uma vida 
simples e sofrida. Porém durante uma suposta novena em São José de Piranhas, 
apaixonou-se por um outro soldado e, com o qual, decidiu fugir para Recife. Na 
capital pernambucana ficou desamparada e doente e procurou ajuda, indo parar na 
capital paraibana.


A história logo se espalhou pela cidade, chegando até os quartéis policiais. 
Localizada, A suposta Dona Maria Umbelina foi obrigada a prestar depoimento para 
esclarecer mau entendido. Perante o chefe de polícia alegou ter escapado da 
morte por envenenamento e que foi retirada do caixão funerário, durante a noite, 
quando estivera depositado na Capela do Cunhaú, esperando a manhã seguinte para 
o sepultamento. Fez revelações íntimas e acusou o capitão Anacleto. Era tão 
precisa e exata nas narrações e nos detalhes dos fatos que ninguém podia 
recusar-lhe crédito.


A tal “Ressurreição” impressionou as autoridades, que requisitou a presença dos 
seus pais e do marido. De “Ressuscitada” ficou então sendo apelidada. Na Paraíba 
foram todos eles acareados, repetindo ela todas as acusações, face a face com o 
ex marido e perante seus pais. O comendador e sua esposa se recusaram a 
reconhece-la por filha. Mas, em confirmação de que Dona Joana era realmente sua 
mãe, a mulher citou sobre um suposto sinal que lhe marcava a coxa direita. A 
polícia, desejando averiguar a afirmação pretendeu fazer uma vistoria na perna 
de Dona Joana, mas o comendador opôs-se energicamente a ponto de declarar que 
essa vistoria só seria feita depois que passassem por cima do seu cadáver. O 
Tenente Coronel Manoel Salustiano de Medeiros, o capitão Sebastião Policarpo e o 
Dr. Felix Antônio Ferreira de Albuquerque, que haviam sido convidados a 
reconhecer a “Ressuscitada” intervieram e a vistoria não foi realizada.


As mais diversas pessoas se apresentaram diante da “Ressuscitada”, mas ela se 
mostrou irredutível. Tratava a todos pelos seus nomes, peculiaridades, postos, 
títulos e posições e fazia referências com tão grande certeza, que causou uma 
grande confusão. Ninguém mais tinha convicções de quem falava a verdade. O 
próprio chefe de polícia chegou se convencer da autenticidade da “Ressuscitada” 
e já dispunha-se na instauração de um processo de indução ao suicídio por 
envenenamento contra o Capitão Anacleto. Os relatos já tomavam proporções de 
grande gravidade e um escândalo se formava, quando os amigos da família tomaram 
a decisão de intervir.


Dr. Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti, Deputado Geral e chefe liberal da época 
na região, e que era casado com Dona Maria de Albuquerque Maranhão, uma das 
senhoras do Cunhaú, ficou convencido da existência de farsa e usou o seu 
prestígio para conseguir a remoção do chefe de polícia para o sul do país. No 
caso também esteve envolvido o juiz, Dr. Nogueira da Costa. Depois do 
afastamento, uma certa paz pairou e o escândalo foi pouco a pouco perdendo o 
interesse, quando finalmente foi desvendado o misterioso caso e os seus 
malévolos autores descobertos.


Era tudo falso. A “Ressuscitada” era uma mulher do povo, moradora no “Bujari”. 
Foi identificada, mais tarde, por seus próprios pais, que devido à grande 
semelhança com a finada Dona Maria Umbelina se deixou usar como instrumento de 
vingança dos irmãos Cavalcanti contra o Capitão Anacleto. Eles eram em trio: 
Francisco, Antônio e Manoel Cavalcanti, tendo mais outro trio de irmãos 
bastardos, que foram todos acusados de furto de animais. Pelo crime uns foram 
processados e outros presos, tendo ainda outros procurado a fuga para escapar ao 
castigo social. Acharam-se feridos por não aceitarem a culpa imposta e 
procuraram vingar-se. A mulher do Bujari foi seu grande trunfo e o Dr. Regueira 
Costa, tentando fazer justiça, tornou-se instrumento da grande farsa que se 
armou. Depois do ocorrido nunca mais o capitão Anacleto pode contrair núpcias, 
tal o efeito causado pelo escândalo. As provas, que mais tarde foram obtidas, 
não foram suficientes para desfazer a tal lenda, ficando na lembrança de muita 
gente que ainda hoje acredita de fato que houve aquela “Ressurreição”.

09/10/2010

Cultura Potiguar

Cultura popular de Canguaretama
Caboclinhos
Os Caboclinhos são os blocos de índios que se apresentavam no carnaval em Canguaretama.Estes não se vestiam com penas,que eram usadas apenas no cocar.
O ritmo de seu bailado era sincopado e repetitivo.Usavam tambores e pífaros como instrumentos musicais para o ritmo e suas danças. Sua indumentária era uma sumária saia de agave e um cocar de penas, as mulheres usavam uma peça para cobrir os seios.Desfilavam em duas filas com o chefe ao centro e um caçador sem lugar fixo.
A frente também poderia ir uma porta bandeira Em Canguaretama chamavam simplesmente de Bloco de Índios e usava o arco e flecha como instrumento de guerra nas apresentações dramáticas que faziam.Um grande búzio era soprado como instrumento musical,caracterizando o grupo.Não se sabe com exatidão desde quando existiam na cidade.O grupo era organizado por Zé Wilson e deixou de existir nos anos 80,com o declínio do carnaval de rua.